Lição 01: 29 de dezembro a 5 de janeiro de 2002. OBJETIVO DESTE ESTUDO Mostrar ao aluno o plano da redenção
e a vitória de Cristo dentro do Grande Conflito. VERDADE CENTRAL A vitória de Cristo assegura a nossa vitória
sobre o mal. INTRODUÇÃO: Um dia alguém perguntou a um humorista como seria uma terceira guerra mundial.
Ele disse que a terceira ele não saberia dizer, mas se ela acontecesse, com certeza a quarta seria com arco e flecha. Com
isso ele queria dizer que uma terceira guerra mundial dizimaria toda a população a ponto de voltarem ao primitivismo os que
sobrevivessem. Quando falamos em guerras, vemos a maldade delas sendo expressa quer seja na primeira, segunda ou
terceira, se houver. Porém, a maldade da guerra é o reflexo da mente de Satanás. E esta maldade não começou com a primeira
guerra mundial. Este sentimento de egoísmo, ruindade, perversidade, e vingança começou no Céu com uma criatura de Deus. Esta
criatura chamada Lúcifer o portador de luz é o responsável por toda maldade que acontece no mundo. Seja a guerra, a doença,
a destruição do World Trade Center, as brigas nos lares, as vinganças, tudo começou no Céu com Lúcifer. Em nosso estudo, analisaremos
como isto aconteceu e qual será o fim de tudo isso. "... Este conflito originou-se no Céu quando um ser criado, dotado
de liberdade de escolha por exaltação própria tornou-se Satanás, o adversário de Deus, e conduziu à rebelião uma parte dos
anjos." Manual da Igreja, pág. 109. Este estudo oferece "Uma história da origem, posição inicial e queda
do anjo que mais tarde ficou conhecido como o diabo e Satanás." Lição pág. 3. I PARTE A CRIAÇÃO DE DEUS ERA
PERFEITA. O registro de Gênesis proclama que as coisas que Deus criou eram boas. (Gên. 1:4, 10, 12, 18, 21, e 25.)
E quando chegamos ao verso 31 lemos que "Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom." Se a descrição
da formação deste mundo foi perfeita, semelhantemente, perfeita foi a criação dos anjos, dos outros mundos e dos demais seres
criados por nosso Deus. Quando Ezequiel menciona a criação de Lúcifer, diz: "Perfeito eras nos teus caminhos, desde o
dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. 28:15". A) No livro Patriarcas e Profetas temos
algumas frases que nos apresentam um quadro da perfeição reinante até então. 1 - "Nenhuma nota discordante havia
para deslustrar as harmonias celestiais". pág. 35. 2 - "Quebrantou-se então a perfeita harmonia do Céu".
pág. 35. 3 - "Posto que tivessem estado até ali em perfeita harmonia com a ordem que Deus estabelecera, achavam-se
agora descontentes e infelizes..." pág. 38. 4 - "Sobreveio porém, uma mudança nesse estado de felicidade."
pág. 35. 5 - "Deus criou todas as coisas boas, sem vestígio do mal." Lição pág. 4. B) No livro
O Grande Conflito temos as seguintes citações sobre a harmonia que existia até então no Céu. "Antes da manifestação
do mal, havia paz e alegria para todo o Universo. Tudo estava em perfeita harmonia com a vontade do Criador. O amor a Deus
era supremo; imparcial, o amor de uns para com outros." O Grande Conflito, pág. 493. "Antes da queda,
Lúcifer foi o primeiro dos querubins cobridores, santo e incontaminado". Idem, págs. 493 e 494. "O Céu
todo se regozijava com refletir a glória do Criador e celebrar o Seu louvor. E, enquanto Deus assim fora honrado, tudo era
paz e alegria." Idem, pág. 494. II - PARTE UM ANJO PERFEITO TRANSFORMA-SE EM UM ANJO MAU. Como vimos
acima, o ambiente no Céu era perfeito, os anjos eram perfeitos e havia perfeita harmonia no Céu. Todos viviam em perfeita
paz e tinham prazer e alegria em glorificar e adorar o Criador. Havia um ambiente de perfeita paz e perfeito amor. Eis
a grande pergunta: Como foi que um ser perfeito, vivendo em um ambiente perfeito, desfrutando na presença de Deus
pode dar origem ao pecado? Resposta: É claro que você espera que eu responda a grande pergunta. Mas,
infelizmente não posso e não sei como respondê-la satisfatoriamente. Vou relatar os fatos que a Bíblia e os livros de Ellen
White nos apresentam sobre o aparecimento do pecado. "É impossível explicar a origem do pecado de maneira a
dar a razão de sua existência." O Grande Conflito, pág. 492. "O pecado é um intruso, por cuja presença
nenhuma razão se pode dar. É misterioso, inexplicável; desculpá-lo corresponde a defendê-lo. Se para ele se pudesse encontrar
desculpa, ou mostrar-se causa para a sua existência, deixaria de ser pecado." Idem, pág. 493. O início de tudo.
A Bíblia apresenta dois relatórios do assunto em pauta: O primeiro está em Isaías capítulo 14:12-15 e o segundo está
em Ezequiel 28:12 a 17. Ambos são metáforas. Em Isaías, Deus usa o rei de Babilônia como símbolo da exaltação, do
egoísmo e do desejo de supremacia. Em Ezequiel, Deus usa o rei de Tiro como símbolo da maldade, da impiedade e também
de exaltação própria. Por trás do governo destes dois monarcas pagãos estava Satanás. Ao ler os textos, você notará
que alguns conceitos são aplicados aos reis ali representados, enquanto outros conceitos são aplicados diretamente a Satanás.
Os escritos de Ellen White nos apresentam uma série de detalhes elucidativos sobre a questão. Veja alguns deles:
Lúcifer sentiu ciúmes e inveja de Jesus. Ao criar as coisas e os mundos, Deus e Cristo estavam juntos em propósitos
e planos e Satanás desejou tomar parte nestas decisões. Inclusive, quando Deus e Jesus planejaram a criação da terra, Lúcifer
não foi consultado e não gostou desta atitude de Deus. Como isso não lhe foi permitido, sentiu-se enciumado. Lúcifer
abrigou em seu coração o desejo de exaltação própria. O Pai e o Filho participavam do trono, da glória, da autoridade e recebiam
a adoração dos anjos. Lúcifer queria receber as mesmas honras. Lúcifer começou a disputar a supremacia do Filho de
Deus. Disse ele: "Eu subirei, eu exaltarei o meu trono, eu serei semelhante ao Altíssimo... (Isa.14:12-14) Ele estava
disposto a não reconhecer a supremacia de Cristo. Ele desejava ser semelhante a Deus em poder, não no caráter. Lúcifer
estava orgulhoso de sua própria glória. Estava orgulhoso de seus dotes. Estava orgulhoso de sua beleza. Estas coisas fizeram
com que seu orgulho obscurecesse sua mente. Lúcifer desejava apossar-se da soberania que Cristo tinha sobre todos
os seres criados. Lúcifer desejava ser adorado pelos anjos. Prerrogativa esta pertencente unicamente a Deus.
Foi dado a Lúcifer oportunidade de mudar de idéia? Sim. A misericórdia e a bondade de Deus deram diversas
Oportunidades para que Lúcifer mudasse seus pensamentos e suas atitudes. "Deus, em Sua grande
misericórdia, suportou longamente a Satanás. Este não foi imediatamente degradado de sua posição elevada, quando a princípio
condescendeu com o espírito de descontentamento... Muito tempo foi ele conservado no Céu. Reiteradas vezes lhe foi oferecido
o perdão, sob a condição de que se arrependesse e submetesse." O Grande Conflito, págs. 495 e 496. Chegou o
momento em que "convenceu-se Lúcifer de que estava em erro, de que as reivindicações divinas eram justas e de que as
deveria reconhecer como tais perante todo o Céu." Idem, pág. 496. Espalhou um espírito de descontentamento
entre os anjos. Resolveu não aceitar a supremacia de Cristo e decidiu lutar para conquistar o direito de ser reverenciado
como tal pelos que quisessem acompanhá-lo. Estava disposto e decidido a entrar na guerra para manter suas opiniões.
III - PARTE FINALMENTE LÚCIFER FOI EXPULSO DO CÉU. A Bíblia apresenta um relatório sucinto sobre o que
aconteceu no Céu quando o tempo de misericórdia expirou: "Houve peleja no Céu. Miguel e os Seus anjos pelejaram
contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos... E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama
diabo e Satanás... Sim, foi atirado para a Terra, e, com ele, os seus anjos." (Apoc. 12:7-9) Hoje a preocupação
de muitos é: Por que Deus não destruiu Satanás em vez de expulsá-lo aqui para a Terra? Em Sua onisciência, Deus sabe
muito bem o que fazer quando Ele antevê o futuro. Talvez alguns pensariam o seguinte se Deus tivesse destruído Satanás em
vez de expulsá-lo: 1- Muitos anjos, muitos seres criados e muitos de nós não entendendo totalmente os enganos e as
pretensões de Satanás poderíamos estar servindo a Deus por temor e não por amor. 2- Muitos poderiam ficar com dúvidas
sobre a obra que Satanás se propunha a realizar no Céu. Sendo assim a influência do enganador não estaria hoje totalmente
destruída. 3- O verdadeiro caráter de Satanás só foi conhecido porque houve tempo suficiente para que ele fosse conhecido.
4- Se Satanás tivesse sido destruído imediatamente sua influência e o espírito de rebelião não teriam sido destruídos.
5- Quando Satanás levou a multidão desejosa de sangue a gritar crucifica-O, crucifica-O, e finalmente Cristo foi
levado à cruz, as simpatias que ainda existiam por Satanás, mesmo que veladas romperam-se para sempre. 6- Como o
caráter de Satanás é conhecido de sobejo, sua destruição está assegurada. E quando isso vier acontecer ninguém mais terá dúvidas
sobre o caráter de Deus. Citação: "Mesmo quando foi decidido que ele não mais poderia permanecer no
Céu, a sabedoria infinita não destruiu a Satanás. ...Os habitantes do Céu e de outros mundos, não estando preparados para
compreender a natureza ou conseqüências do pecado, não poderiam ter visto então a justiça e misericórdia de Deus com a destruição
de Satanás. Houvesse ele sido imediatamente excluído da existência, e teriam servido a Deus antes por temor do que por amor."
O Grande Conflito, págs. 498 e 499. CONCLUSÃO A cosmovisão que os Adventistas têm sobre o Grande Conflito,
abarca o período que vai deste o início da rebelião no Céu, até o momento em que Satanás, seus anjos e os homens que se identificaram
com ele serão destruídos e Deus então estabelecerá a Nova Terra e Novos Céus, onde a justiça, a paz e o amor reinarão supremos.
É interessante notar que o livro do Apocalipse ao tratar deste assunto, o coloca bem no centro de seu livro no capítulo 12.
Observe a seguinte curiosidade: Se você contar os versos desde Apocalipse 1:1 até o cap. 11:19 você tem
194 versos. Então pule o capítulo 12 como se fosse um parêntese no meio do livro. Se você contar os versos desde Apocalipse
13:1 até o cap. 22:21 você terá 193 versos. Agora voltemos para o capítulo 12 que trata do Grande Conflito. Observe
que temos ali 17 versos, portanto os versos 7-12 estão no centro do capítulo 12 que é o centro do livro. Pois bem, para mim,
o mais importante, não é a guerra que aparece no centro do capítulo 12, mas sim o verso 10 que ocupa o centro dos versos 7-12
que tratam do Grande Conflito. E o que diz o verso 10? O verso 10 proclama a vitória de Cristo sobre Satanás. Você
que é professor, pastor ou formador de opinião, demore-se neste verso, dê ênfase à vitória de Cristo sobre o mal. No verso
10 está registrada a melhor informação, está a melhor notícia, está a maior certeza. Quando Cristo disse "está consumado"
na cruz, cumpriu-se o verso 10. Sua vitória sobre o pecado e sobre Satanás estava assegurada para sempre. Agora pense
um pouco nas ações de Deus ao esperar tanto tempo para destruir o mal. Deus queria que não tivéssemos mais nenhuma dúvida
sobre Seu caráter. É por isso que o profeta escreve: "O mal não se levantará pela segunda vez" (Naum 1:9) Aguardemos
o cumprimento disso. Amém. DISCUTA COM SUA CLASSE: 1- Se Deus tem poder, tem autoridade e tem força, porque
Ele não obriga todo mundo a amá-Lo e acaba de uma vez com os sofrimentos deste mundo? 2- Após o estudo de hoje, você
tem mais recursos para responder a alguém que lhe pergunte porque ainda existe o diabo? E por que Deus não o destruiu há mais
tempo? 3- Você acha que Lúcifer caiu de uma vez ou sua queda foi paulatina? E hoje, quando vemos pessoas que antes
admirávamos caindo. Será que alguém cai de um dia para a noite ou cai passo a passo? 4- A Bíblia diz que devemos
ser iguais a Deus. Por que Satanás tentou ser igual a Deus e foi expulso do Céu? 5- Explique por que as pessoas sofrem?
São elas sempre culpadas? E se não são culpadas por que sofrem? ( Uma dica para o professor: As pessoas sofrem por
4 motivos: 1) Porque erraram, são culpadas. É a lei da causa e efeito. Transgrediram as leis ou de saúde ou de trânsito ou
dos 10 mandamentos. 2) Seus pais foram os transgressores. Elas não são culpadas. Exemplo: O filho de um alcoólatra fraco e
doente poderá nascer doente. Embora ele não seja culpado é também a lei da causa e efeito. 3) Outros sofrem porque Deus vê
que eles poderão são capazes de suportar perseguições e dores por amor do evangelho. Alguns são até mortos por causa da fé.
Exemplo: João Batista e outros mártires. Neste caso eles fazem parte do grande conflito como testemunhas fiéis de Deus diante
de Satanás. 4) Outros sofrem simplesmente porque estão no mundo. Nasceram aqui. Talvez não transgrediram nenhuma lei, mas
são vítimas do ambiente hostil que é este mundo.) Exceto o caso primeiro onde a pessoa é responsável pelos seus sofrimentos,
nos outros casos, Deus concede força para o sofredor, promete estar ao lado do sofredor e promete Sua graça para livrá-lo
do poder de Satanás e salvá-lo para Seu reino eterno apesar dos sofrimentos.
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